GP de Portugal / Algarve – F1 em Motonáutica
A cidade de Portimão recebe anualmente o Grande Prémio (GP) de Portugal / Algarve Fórmula 1 (F1) em Motonáutica, evento internacional ao mais alto nível que conta com o apoio de entidades como, o Instituto dos Portos e Transportes Marítimos – Delegação dos Portos do Sul, a Capitania do Porto de Portimão, o Hospital do Barlavento Algarvio, a Associação dos Bombeiros Voluntários de Portimão, Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Portimão e a Polícia de Segurança Pública.
A escolha da cidade do Arade para a realização deste evento de enorme prestígio internacional, é prova das excelentes condições naturais que a cidade de Portimão oferece para a realização de eventos náuticos, uma posição que Portimão tem vindo a cimentar ao receber grandes manifestações desportivas internacionais.
O Grande Prémio de Portugal / Algarve – F1 Motonáutica, é uma organização da F1h20/UIM, com organização local da Associação Turismo de Portimão e Município de Portimão, contando com o apoio local da Capitania do Porto de Portimão; Administração dos Portos de Sines e do Algarve, S.A., EMARP e Turismo do Algarve, com o apoio técnico da Federação Portuguesa de Motonáutica e do Clube Naval de Portimão.
O principal apoiante do evento é o Município de Portimão, enquanto principal entidade anfitriã, cooperando também na logística e na promoção do evento.
O palco do grande espetáculo
O traçado da prova situa-se entre a ponte rodoviária antiga e as ruínas do convento de São Francisco, com uma extensão de cerca de 1800 metros, que se encontra assinalado através de oito bóias de rondagem sendo seis negociadas a bombordo (esquerda) e duas a estibordo (direita), mas que não inclui a 6.ª bóia.
Desta forma, o circuito fica mais rápido, mais apertado e menos complexo, exigindo dos pilotos uma boa condução e proporcionando um grande e melhor espectáculo.
A assistência em terra é prestada pelas equipas de apoio de cada piloto, bem como pelos Bombeiros Voluntários de Portimão, Cruz Vermelha Portuguesa e pelo Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio.
Ao longo da Zona Ribeirinha de Portimão o público pode ver toda a pista, todas as manobras, respirar o ambiente internacional que se vive nesta prova, e visitar aquele que é considerado o melhor Paddock de todo o circuito mundial da Motonáutica de Fórmula 1.
No Paddok estão instaladas as “boxes” de cada equipa, onde os técnicos, mecânicos e pilotos procedem aos acertos, afinações de pormenor e à preparação dos últimos testes antes dos treinos e da grande corrida.
Saliente-se também que a cidade de Portimão foi distingida em 2019, com o título de Cidade Europeia do Desporto, recebendo assim o Grande Prémio de Fórmula 1 em Motonáutica com pompa e circunstância.
Caracterização genérica da modalidade
A motonáutica é considerada uma das modalidades rainhas dos desportos náuticos.
Como descreve a Federação Portuguesa de Motonáutica no seu sítio na internet, as embarcações de competição possuem excelentes relações potência / peso e os cascos são concebidos para permitirem o incremento das mais ousadas perfomances, possibilitando uma excelente relação entre a velocidade e a sua maneabilidade. O formato do barco (casco tipo catamaram) é bastante simplificado, e concebido para na sua desloocação sofrer uma menor resistência do ar, bem como ao arrasto causado na água.
O Powerboating é geralmente considerado como tendo começado em 1863, quando o francês Jean Lenoir usou um motor a gasolina num pequeno barco. A primeira grande corrida ter-se-á realizado em 1903 no Canal da Mancha e a modalidade apareceu como um evento olímpico em 1908.
Para chegarem à F1, o máximo da cadeia competitiva, os pilotos têm que competir progressivamente com os barcos de F2, F4, T850, T750, PR750, V24, GT30 e GT15.
Nas competições de alto mar, o destaque vai para os Powerboat P1.
Portugal recebe atualmente provas integradas nos campeonatos mundiais de Formula 1 e de Fórmula 2, em Portimão e em Baião, respectivamente.
Estrutura e evolução da prova
Na Motonáutica a qualificação, a exemplo do que acontece na Fórmula 1 de automobilismo, é dividida em três partes: treinos livres, treinos cronometrados e o grande prémio propriamente dito.
Os 19 pilotos que disputam o campeonato, em cada prova competem pelas 12 melhores posições, durante os 20 minutos do Q1.
Depois, batalharam durante quinze minutos no Q2 pelos seus melhores lugares, que dá acesso ao Q3, onde se discute a “pole position”.
Os barcos usados nesta competição são equipados com motores que chegam aos dois mil cavalos, atingindo velocidades que ultrapassam os 160 kilómetros por hora.
Em Portimão, a zona do Paddock, composta por uma área de 13.800 metros quadrados, é a maior de todo o circuito mundial e permite aos espectadores visitarem as boxes e terem contacto com os pilotos e equipas do mundo da motonáutica, em reoresentação de diversos países, entre os quais a França, Suécia, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos, China, Itália, Espanha e, naturalmente Portugal, representado por Duarte Benavente, o único piloto nacional nesta modalidade.
Representações internacionais
Os Emirados Árabes Unidos são o país mais representado com três equipas: a Victory Team, liderada pelos pilotos Ahmed Al Hameli e Shaun Torrente; a Team Abu Dhabi, cuja equipa é constituída pelos pilotos Thani Al Qamzi, Alex Carella e Rashed Al Qamzi; e a Emirates Racing Team, dos pilotos Marit Stromoy e Mike Szymura.
Convém realçar que a norueguesa Stromoy é a única piloto do sexo feminino num desporto tradicionalmente dominado por homens, tendo já feito história em Portimão em 2011 ao tornar-se a primeira mulher na F1 a conseguir uma pole position. Segue-se a CTIC F1 Shenzen China, equipa do atual tri-campeão do mundo Philippe Chiappe. O francês é acompanhado do seu compatriota Peter Morin.
Já a Itália faz-se representar por duas equipas, a Mad-Croc Baba Racing dos pilotos Sami Selo e Filip Roms e a Blaze Performance, liderada pelos pilotos Bartek Marszalek e Francesco Cantando.
A França e a Suécia também apresentam uma equipa cada uma, a Maverick F1 que conta com os pilotos Cédric Deguisne e Amaury Jousseaume; e a Team Sweden, representada por Jonas Anderson e Erik Stark.
Finalmente, Portugal apresenta a F1 Atlantic Team, liderada por Duarte Benavente, como araás se referiu, um dos pilotos mais experientes do circuito mundial da Fórmula 1 em Motonáutica. Em 2016, o piloto lisboeta alcançou o oitavo lugar no Grande Prémio de Portugal / Algarve e foi um de dois pilotos a conseguir pontos em todos os Grandes Prémios do Campeonato do Mundo, feito que lhe permitiu alcançar no final do ano o 9º lugar da classificação final.
Devido à pandemia, em 2020 e 2021 a prova não se realizou e, a Câmara de Portimão decidiu transferir a verba inicialmente destinada a patrocinar o Grande Prémio, para a aquisição de ventiladores fazendo assim face ao combate da pandemia do Covid-19, devido à qual o evento era cancelado.
“Esta medida de saúde pública reforça a estratégia adotada pelas autoridades municipais de Portimão no sentido de combater eficazmente a pandemia, cancelando todo o tipo de eventos sociais, culturais e desportivos, ao mesmo tempo que vai contribuir para o reforço do equipamento aplicado ao tratamento dos pacientes da unidade hospitalar local”, declarava Isilda Gomes, presidente da Câmara Municipal de Portimão.
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