Dieta Mediterrânea
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Dieta Mediterrânea

Tavira é a comunidade representativa de Portugal na inscrição da Dieta Mediterrânica como Património Cultural Imaterial da UNESCO decidida a 4 de Dezembro de 2013 na 8ª Conferência Intergovernamental realizada em Baku no Azerbaijão.

 

A Dieta Mediterrânea define-se como um conjunto de competências, conhecimentos, práticas e tradições relacionadas com a alimentação humana, que vão da terra à mesa, reunindo as culturas, as colheitas e a pesca, assim como a conservação, transformação e preparação dos alimentos para um consumo saudável.

 

Através do tempo e do espaço, dentro da evolução natural, foram-se aprefeiçoando as opções pelos ingredientes principais como o azeite, os cereais, as frutas e verduras frescas ou secas, acompanhando uma proporção moderada de carne, peixe e produtos lácteos, abundantes condimentos e cujo consumo à mesa é acompanhado de vinho ou infusões, respeitando sempre as crenças de cada comunidade. Assim, o modelo nutricional da dieta mediterrânea permaneceu constante e fiel aos seus princípios, como nos descreve a Câmara Municipal de Tavira no seu espaço cybernético, enquanto entidade de vanguarda na linha da Dieta Mediterrânica – cujo nome deriva da palavra grega ‘díaita‘, que quer dizer modo de vida – não compreende apenas a alimentação.

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A Dieta Mediterrânea é um elemento cultural que propicia a interação social, verificando-se que as refeições em comum são uma pedra angular dos costumes sociais e da celebração de acontecimentos festivos e não só.riginou também um conjunto considerável de conhecimentos, cânticos, refrões, contos e lendas, assim como o rejuvenescimento de alguns hábitos.

Numa atitude de respeito pela terra e biodiversidade, a Dieta Mediterrânea também garante a conservação e o desenvolvimento de atividades tradicionais e artesanais ligadas à agricultura e às pescas em muitas comunidades dos países do Mediterrâneo.
“As mulheres desempenham um papel fundamental tanto na transmissão de práticas e conhecimentos específicos sobre rituais, gestos e celebrações tradicionais, como na salvaguarda de técnicas”, assim divulga a autarquia tavirense no seu site.

Ponte romana no centro da cidade de Tavira

Tavira localiza-se na zona litoral do Algarve – a região mais a sul de Portugal e também a mais mediterrânica, pelo clima, produções e formas de vida.

O litoral integra o Parque Natural da Ria Formosa, um ecossistema internacionalmente classificado e protegido, constituído por ilhas-barreira e sapais, considerados dos mais produtivas da biosfera.

Já o “barrocal”, a zona de transição entre o mar e a serra, com solos de barros e calcários conserva uma flora diversa e adaptada, sendo o “pomar de sequeiro” uma característica marcante do território recheado de oliveiras, amendoeiras, alfarrobeiras e figueiras.

Na serra o visitante depara-se com uma floresta ou bosque mediterrânico, com atividades de agricultura comunitária, pecuária, apicultura, caça e artesanato.

Tavira é uma cidade histórica, hoje também turística, com patrimónios diversos resultantes da presença de civilizações da Antiguidade mediterrânica, fenícios, romanos, árabes/berberes, confirmada pelos trabalhos arqueológicos e materiais exumados.

Vista aérea da cidade do Gilão, com seus telhadis em formato de “tesouro”.

Cidade estuarina que esteve intimamente ligada aos Descobrimentos Portugueses do século XV e XVI, chegou a ser nesse período a maior cidade do Algarve, onde invernava a esquadra portuguesa que patrulhava Gibraltar, o Norte de Africa e as costas algarvias. O seu património militar e religioso, as 21 igrejas e ermidas de vários estilos situadas nos 66 hectares do Centro Histórico demonstram bem a intensidade da cristianização, a influência do poder das ordens religiosas e da aristocracia mercantil.

O urbanismo mediterrânico revela-se na estrutura das praças e ruelas e relações de vizinhança, nos “telhados de tesouro” e as “portas de reixa” que marcam a fisionomia da cidade.
Este património está vivo nas práticas sociais e costumes das populações, nomeadamente nas atividades produtivas, festividades cíclicas e na cultura alimentar com produtos e pratos característicos de cada época do ano.

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Paços do Concelho de Tavira

A CANDIDATURA A PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL DA HUMANIDADE

Hoje a Dieta Mediterrânea tem o seu merecido reconhecimento a nível global, cuja inscrição data de 4 de dezembro de 2013.
A candidatura transnacional para a inscrição da Dieta Mediterrânica como Património Cultural Imaterial da Humanidade assentou nos seguintes objetivos:

  • A protecção e partilha de um património cultural milenar e o seu alargamento a outros países mediterrânicos;
  • A transmissão de conhecimentos e saberes às próximas gerações;
  • A realização de Plano de Salvaguarda Transnacional;
  • A concretização de inventários da Dieta Mediterrânica;
  • A educação para o desenvolvimento sustentável e o equilíbrio dos territórios;
  • A educação para uma alimentação saudável e para prevenção das doenças relacionadas com desequilíbrios e erros alimentares;
  • Maior aproximação, conhecimento recíproco e cooperação entre povos.

A RODA DOS ALIMENTOS

Para que a promoção desta alimentação saudável, existe um conceito na Página da Alimentação Saudável da Direção Geral da Saúde, da qual aqui destacamos alguns elementos essenciais na escolha e combinação dos alimentos, que compõem a Roda dos Alimentos.

E, o que é a Roda dos Alimentos?

Este guia em forma de círculo encontra-se divido em diferentes segmentos – Grupos de alimentos – que agrupam alimentos com características semelhantes quanto à sua composição nutricional. São ao todo 7 grupos de alimentos.

A Roda dos Alimentos é o guia que nos ajuda a escolher e a combinar os alimentos que devem fazer parte da nossa alimentação diária.

Os Grupos de alimentos apresentam diferentes dimensões, indentificando os grupos que devem estar presentes em maior quantidade na nossa alimentação (grupos de maior dimensão) e os grupos que devem estar presentes em menor quantidade (grupos de menor dimensão).

PROPORÇÃO DA RODA DOS ALIMENTOS

Veja a proporção de peso com que cada um dos grupos de alimentos deve estar presente na alimentação diária mediterrânea:

Cereais e derivados, tubérculos – 28%, Hortícolas – 23%, Fruta – 20%, Lacticínios – 18% Carne, pescado e ovos – 5%, Leguminosas – 4%, Gorduras e óleos – 2%

A água não possui um grupo próprio na Roda dos Alimentos, mas encontra-se no centro da Roda porque está representada em todos os grupos, uma vez que faz parte da constituíção de quase todos os alimentos e por a água ser imprescindível à vida, sendo fundamental que se beba água em abundância diariamente. As necessidade de água podem variar entre 1,5 a 3 litros por dia.

A nova Roda dos Alimentos Mediterrânica, segundo descreve a Direção Geral de Saúde, é agora apresentada numa versão interativa. Ao longo desta ferramenta é possível explorar os vários grupos de alimentos característicos do padrão alimentar mediterrânico, juntamente com os princípios associados ao estilo de vida mediterrânico.

O azeite de oliveira é um dos principais elementos integrantes da Dieta Mediterrânea.

Este material pedagógico teve por base a “Roda da Alimentação Mediterrânica” uma produção da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto com o apoio da Direção-Geral Consumidor.

A nossa sugestão, para terminarmos esta breve descrição da Dieta Mediterrânea é de que acompanhe mais detalhadamente esta temática através da informação disponibilizada pela autarquia tavirense, a entidade representativa em Portugal da Dieta Mediterrânea.
E, delicie-se com os sabores da nossa região e adote-os como seu hábito alimentar, para viver uma vida mais saudável.

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